Cá entre nós...

domingo, dezembro 25, 2011

Quase me esqueço...

... que um dia criei este blog. Se não fosse por alguns interessados que sempre acabam chegando aqui através do post "São Jose dos Campos", com certeza ele já teria morrido. Nunca imaginei que um post despretensioso como aquele seria capaz de ajudar algumas pessoas.

Recentemente recebi um Post da Paula, que até demorei uns dias para responder, e com satisfação entrei em contato para ajudá-la. Talvez esta "utilidade" do meu blog continue me animando a postar algo aqui, algo ali. Vamos ver. Enquanto isso, permaneço a vossa inteira disposição para responder o que quiserem, sobre SJC ou não.

Um bom Natal e um excelente 2012 para todos!

sábado, maio 03, 2008

Love is in the air

Já estava com saudades disso aqui. Agosto, Setembro, Outubro... Março, Abril. Num piscar de olhos, oito meses se passaram. Percebi que não trata-se de prometer pra mim mesmo sempre dar uma passadinha para escrever alguma coisa. É um pouco mais complexo que isso. Envolve tempo, disposição, vontade e espírito. Ou então posso vir aqui e escrever qualquer bobagem, o que não me agrada nenhum pouco.

Hoje vim pra abrir meu coração. Dizer que estou me sentindo entre a cruz e a espada. Ando pensando demais em alguém muito próximo da minha ex. Sei que ela acabou magoada demais com o fim da nossa história, e a última coisa que eu quero neste mundo é trazer mais sofrimento para uma pessoa que foi muito importante pra mim e que me ajudou a crescer. Juro, foi sem querer, sem segundas intenções, simplesmente aconteceu. Não faria isso de propósito comigo, com a minha ex e muito menos com a Rose (nome fictício que acabei de inventar pra ela). Como diria Ben Harper, "there are so many special people in the world, see through this point of view". É. Concordo com você, Ben, mas tenho tendência a querer o buscar o impossível.

Tentei ficar longe, distante, na minha. Mas infelizmente (ou felizmente), sou 100% emoção nessas horas. Sou romântico, fantasio, passo noites em claro pensando nos prós e contra. A conclusão é simples: é perigoso demais, pode e vai machucar alguém, começando por mim mesmo. Mas no ápice da minha inquietude, cutuquei a onça, ou melhor, a Rose, e ouvi dela exatamente o que imaginei que fosse ouvir, e, pra ser sincero, o que queria mesmo escutar: complicado demais, inadequado, não seria justo e correto com sua ex.

Entretanto, fiquei com a sensação de que pelo menos no primeiro momento fui correspondido, embora não tenha tido nenhuma prova disso, mas sou bem sensível a esse tipo de coisas, e algo aqui dentro me diz que a história não acaba assim. Não pode acabar assim. Sei que o desfecho pode ser lindo. Pode ser trágico. Pode ser qualquer coisa, mas alguma marca vai deixar, porque sei que certas coisas não acontecem simplesmente por que tem que acontecer. Pessoas cruzam as vidas umas das outras, têm (sim!) influencia sobre suas ações e mudam a todo o momento o curso de suas vidas. Se tiver que optar, mudo o curso da minha vida pra simplificar a solução desta complicada equação, tornando-a menos dolorosa para todos. Mas sendo bem honesto, sei que não existe saída indolor, pelo menos tratando-se de ligações amorosas. Se tirar o time de campo, vou me machucar e ir contra o que realmente acredito ser o certo: fazer sempre o que o meu coração mandar.

Quero a Rose perto de mim, pelo menos uma vez. Demagogia! A quero muitas vezes por perto. Tenho certeza de que alimentei e continuo alimentando um sentimento por alguém que vale e a pena. Nela vejo alguém por quem nunca me apaixonaria em condições normais, pois somos opostos, definitivamente. Ela é como uma incompreendida explosão de cores, sons, gostos e perfumes. Gosto de olhar pra ela, mesmo que de longe, e saber que por trás daquelas diversas e coloridas facetas, existe alguém doce, muito doce. Tenho a certeza de que os mais próximos diriam que ela não é pra mim, que não combina comigo. Em condições normais, como já mencionado, também diria a mesma coisa, mas como o assunto aqui é coração, não existe a palavra normal no meio disso tudo. Talvez ela seja o verdadeiro choque comportamental que eu esteja precisando. Quem sabe?

No final das contas, o mundo não vai acabar e eu sei muito bem disso. Não deixei de comer ou estou a ponto de cortar os pulsos. Apenas gosto de viver com intensidade e saborear cada momento, bom ou ruim, que a vida e o coração me proporcionam. Como acredito que este é o espaço mais discreto e tranqüilo para desabafos, hoje decidi falar sobre o que estou sentindo: love is in the air.

Cheers!

terça-feira, agosto 14, 2007

Um minuto de indignação

Alguém aí pode me dizer de onde vem tanta desgraça? Não me lembro de um período com tantas tragédias quase simultâneas ocorrendo no Brasil. Algumas anunciadas, outras repentinas. Umas mais chocantes, outras revoltantes. Todas igualmente importantes.

Pra onde estamos levando este país? O que vamos deixar para nossos filhos e netos? A única coisa que consigo enxergar é um país amargurado e cansado de tanta barbaridade. Juro que fico até desanimado assistindo o Bom Dia Brasil e Jornal Nacional. Logo cedo falamos das tragédias do dia anterior e, ao anoitecer, saboreamos a consolidação de péssimas notícias temperadas com um sensacionalismo excessivo, e nocivo, da TV Globo.

Se algo me assusta nisso tudo, é a passividade com que assistimos aos fatos diante de nossos olhos, de camarote, sem mover uma palha. O máximo que conseguimos fazer é ficar atônitos, sem palavras diante da tv. Se esboçamos reação, é algo do tipo: "quando isso vai acabar?", "meu Deus do céu!" ou "como é que pode, gente?" A teoria do caos já não é mais apenas uma teoria, pelo menos na realidade brasileira. O caos existe, aqui, agora. Enquanto tentamos livrar o nosso, dia após dia na labuta necessária, nossos políticos votam aumentos salariais para eles próprios na calada da noite, fazem lobby pela aprovação da CPMF e nos instruem a relaxar e gozar. Trabalhar pelo povo, nem pensar. E o que fazemos? Absolutamente nada!

O menino João Hélio foi arrastado e morto em plena luz do dia, em vão. O avião da Gol protagonizaria o maior acidente da aviação brasileira na história, se não fosse outro avião, agora o da TAM, a ter ficado com o triste troféu, no episódio ocorrido em Congonhas. Ambos em vão. Uma empregada carioca espancada por um bando de deliqüentes filhos de papai. Em vão. Deveria servir, pelo menos, para uma revolta generalizada de nossa parte, mas estamos sempre tão ocupados para estender a mão a quem precisa. Ou talvez poderíamos nos organizar em prol de um país mais decente. O que acontece, na verdade, é que estamos acostumados com toda essa barbárie que se aproxima de nós e nossos familiares a cada dia. Nada mais é capaz de nos assustar, basta fechar os olhos a tudo de ruim que acontece em nosso redor que os problemas desaparecem. Quase um truque de mágica! Vai funcionar, até o dia em que nossos familiares, esposas(os), filhos e amigos se transformarem, do dia pra noite, em manchetes de jornal.

Não quero ser o próximo a morrer em um acidente aéreo. Não quero ser brutalmente arrastado pelas ruas de uma cidade violenta. Não quero ser espancado por universitários. Não quero meu rosto ilustrado em todos os veículos de comunicação, por ter sido mais uma vítima de um crime hediondo inédito, assim como o menino João Hélio foi. Deveria ter sido enterrado como um mártir, e lembrado como tal. Foi manchete, mas hoje já não vende como antes. E assim continuamos nossa doce rotina. Afinal, não aconteceu comigo.

Creio que precisamos refletir um pouco sobre nosso real papel na sociedade. O que podemos e devemos fazer para ter um país melhor? Como construir uma sociedade mais justa, baseada na ética e verdadeira moral? A realidade está na cara, pra quem quiser ver. Basta cada um contribuir com o que pode, e cobrar muito dos políticos que nos conduzem.
Se não dá pra fazer nada, pelo menos vale a reflexão.

domingo, agosto 12, 2007

Devagar, quase (eu disse quase!) parando...



Não é o que se pode chamar de um blog super atualizado, mas ele ainda continua ativo. Difícil de acreditar, mas por favor entedam. Tenho trabalhado demais e vivido de menos, e muita gente já percebeu e teceu comentários sobre isso. Preciso pegar mais leve, é verdade, e aparecer por aqui mais vezes. Vou mes esforçar, pois, independente de ser o não lido, gosto de escrever minhas bobagens por aqui.

A vida não está fácil (creio que pra ninguém) e tenho passado por momentos muito difíceis ultimamente. Trabalho, família, namoro, contas a pagar. São tantas as preocupações que mal tenho tempo para mim mesmo. Confesso que tive muita vontade de escrever sobre diversos assuntos, desde minha última postagem, mas meu computador divide o mesmo cômodo que a minha cama, e tenho dado preferência a ela ultimamente.

Livros? Tenho tentado ler três ao mesmo tempo, mas não consigo terminar nenhum: O Cortiço, A. Azevedo (flashback); Cem anos de solidão, Gabriel Garcia Márquez; Contos, M. de Assis. Falando nisso, Mônica, comecei a ler o Cem Anos de Solidão por ser um dos seus top ten, mas o livro é meio sacal, não achas? Claro que não vou discutir literatura com uma poeta, mesmo porque o bom senso ainda se faz presente dentro de mim, mas vai repetir nome de personagens assim lá em Macondo! Só de Aureliano tem uma meia dúzia. José Arcádio então? Uns nove! Tô na metade, vale a pena ir até o final? (be honest, please)

Bom, não que minha presença seja algo vital para vocês, mas pretendo escrever com mais freqüência, ok?

Um grande abraço a todos!

terça-feira, maio 22, 2007

Pequenas coisas que fazem a grande diferença


Já há algum tempo assisti uma reportagem muito interessante no Fantástico. Um professor de psicologia americano de uma renomada universidade (não me recordo qual), estudioso da felicidade, esclarecendo o que satisfaz as pessoas. Ele tentou, em poucas palavras, explicar o que faz alguém realmente feliz, mas deixou claro logo no início da reportagem de que não existe uma fórmula pra isso. Após ler o post da Aninha Pontes, de 03 de Abril, resolvi dividir um pouquinho do que assimilei após assistir a reportagem.
O professor colocou muito bem que a felicidade é algo abstrato e de difícil mensuração. Seria chover no molhado dizer que cada um traduz a felicidade de uma diferente maneira. Entretanto, o que eu ainda não havia parado pra pensar, é se o que buscamos realmente nos fará feliz. O que ele quis dizer basicamente é que as coisas que pensamos que nos trarão felicidade, nos causam certo prazer apenas no momento em que as alcançamos, mas pouco tempo depois, se olharmos de um ângulo mais amplo, percebemos que aquilo teve um impacto muito pequeno em nossa felicidade.
Analisei a mim mesmo para ver se o que o professor falou tinha algum cabimento, e para isso, voltei até junho de 2006, quando acabara de voltar ao Brasil e estava desempregado. Naquela época, passava praticamente 100% do meu tempo pensando em arranjar um bom emprego, que me possibilitasse morar sozinho, comprar um carro, pagar minhas contas e poupar algum dinheiro para projetos futuros. Consegui o emprego e aquilo me causou certa euforia num primeiro momento, mas hoje, após vários meses trabalhando, não poderia dizer que sou muito mais feliz que há seis meses. O mesmo aconteceu quando comprei meu carro, e acredito que continuará acontecendo com cada coisa material que eu alcançar.
Segundo o professor, a fórmula para a felicidade é bem complexa: basta não sonhar e prestar a atenção nas pequenas coisas que realmente fazem toda a diferença em nossas vidas. Parece loucura, mas tem fundamento. Se não pensarmos em conquistar aquela garota(o), se não desejarmos construir aquela casa, se não desejarmos aquelas férias sensacionais... e começarmos a dar mais valor aos finais de semana em família, à felicidade de nossos filhos, os bate-papos sem compromisso com os amigos, ao amor ao próximo.
Bem, o assunto é extrenso e minha idéia aqui não é tentar convencer ninguém a mudar de opinião sobre a felicidade. Mesmo assim, acredito que vale a pena parar e pensar no que realmente nos faz feliz.
Felicidades!


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Recomendo:
Gabriel García Márquez
"Memória de minhas putas tristes"

sexta-feira, abril 06, 2007

A banalização dos valores


Não sei se era muito criança e não me lembro com muita clareza dos acontecimentos, ou se apenas tenho a memória fraca. Me corrijam se eu estiver errado, mas gravidez precoce e infidelidade não aconteciam com tanta freqüencia como nos dias atuais. A não ser que as famílias tentavam a todo custo encobrir a besteira de um de seus membros para que a honra prevalecesse.

Por volta dos meus dez anos de idade, nem sabia o que era gravidez precoce e não havia por que me preocupar. Meus pais não conversavam sobre isso comigo porque eram raros os casos dessa natureza. Pois bem, fui crescendo e vendo a tal gravidez precoce se aproximar da minha realidade. Primas e primos ainda adolescentes, sem estrutura alguma para cuidar de si próprios, quanto mais de uma criança, prestes a se tornarem pais. Amigos da minha idade, na época com quinze, dezesseis anos, com a responsabilidade de educar um filho. Ainda jovem eu pensava: "Como é possível uma coisa dessas acontecer na era da informação?"
Quanto à infidelidade, essa é pior ainda, pois não trata-se apenas de imaturidade, mas também de falta de escrúpulos e respeito. Se acontece antes ou depois do casamento, não interessa, a falta é a mesma. Por que as pessoas assumem compromissos se não são capazes de honrar sua palavra? Por que se casar com alguém, dizer que ama e no dia seguinte se entregar a outra pessoa apenas porque ela é a mais gostosa do escritório? Sinceramente não consigo entender como as pessoas são capazes de fazer tal coisa. Não vou ficar com demagogia e dizer que não me sinto atraído por outras mulheres quando algo nelas me chama a atenção, mas atração é uma coisa e traição é outra. A atração, que um pouco tem a ver com tentação, sempre vai estar lá. Cabe a nós a decisão de nos entregarmos à tentação ou agir de maneira fiel e nobre.

Finalizando o post de hoje, quero dividir com vocês um caso de família verídico que conseguiu consolidar as duas coisas: gravidez precoce e infidelidade. Resultado catastrófico.
Um primo (adulto) estava noivo e preparando-se para casar. O casamento deveria ocorrer no final do ano, mas por conta de uma gravidez precoce, decidiram adiantar o casamento. Casaram-se, o garoto nasceu e tudo parecia lindo e maravilhoso. Ele só não estava preparado para as ações da esposa após o nascimento do filho. Ele se queixava de não ser mais tratado por ela como marido e homem, mas simplesmente como pai do filho dela. Com um pouquinho, só um pouquinho, de maturidade, qualquer homem é capaz de entender que os meses após a gravidez são muito difíceis para a mãe, uma vez que ela se acha feia, obesa e muito cansada por ter de cuidar do filho. Lógico que não terá pique e nem vontade de transar até no lustre quando o marido chegar em casa, mas é uma fase passageira e tende a normalizar. Só que antes da esposa dele passar por essa fase, o patife arrumou uma amante e achou que ninguém descobriria. Descobriram, e o casamento, após pouco mais de um ano, sucumbiu. Se a criança não viesse na hora errada, se ambos tivessem curtido a vida de casado até dizer chega, e só depois decidissem ter um filho, a história seria diferente. Mas uma coisa atropelou a outra, e a gravidez precoce unida à falta de maturidade do pai fará com que a criança, que não tem culpa de nada, sofra as conseqüências para o resto de sua vida.
O pior de tudo é saber que a cada adolescente que engravida ou esposo(a) pego com a boca na botija, a coisa parece ir ficando natural. Ninguém mais se espanta ao ver uma adolescente grávida aos 14, e nem ao saber que o fulano traiu beltrana. A moda é colocar panos quentes em tudo e deixar a vida rolar.
Acredito que todos têm o direito de errar, mas existem maneiras e maneiras de assumir e consertar um erro. Vivo de acordo com a expressão "live and let live". Cada um faz o que quiser e bem entender da sua vida, desde que não machuque ou atrapalhe outras pessoas. No caso do pivô da história acima, ele machucou sua ex-esposa, seu filho e sua família, e esses erros dificilmente serão reparados.
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Uma feliz Páscoa a todos!